raio x de perna de cachorro que apresenta inchaço

Muita gente não gosta dessa comparação, mas ter um pet em casa requer basicamente todo o cuidado que se tem quando nasce um bebê.

Você precisa adaptar sua casa para o novo morador, levar ele ao médico, alimentá-lo e ficar de olho no seu comportamento para socorrer o animal caso ele apresente algum problema de saúde.

E falando sobre doenças, hoje vamos falar da osteossarcoma, o câncer ósseo em cães. Apesar de não imaginarmos e não queremos que nossos amigos peludos fiquem doentes, é algo que acontece, então é bom ficar por dentro dos problemas que podem atingi-los e assim agir o mais rápido possível.

Osteossarcoma em cães, o que é?

Esse câncer ósseo é um tumor do tipo maligno que se manifesta em qualquer tecido no corpo do cão. Apesar disso, é mais comum que ele se alastre na área distal do rádio, que fica próximo ao fêmur ou úmero.

Esse tumor é classificado de duas formas: osteossarcoma primário ou neoplasia metastática.

No osteossarcoma primário o tumor começa pelos ossos e depois chega a outros órgãos do corpo do pet. Agora, na neoplasia metastática, o processo é o inverso. Ou seja, algum órgão do pet é afetado e este atinge as regiões ósseas do animal.

esqueleto canino para estudo de casos e detecção de anomalias

Ainda dentro dessas duas classificações, a doença é separada por nível de gravidade. O fibrossarcoma, por exemplo, é um tipo de tumor ósseo bem agressivo, por outro lado, a probabilidade dele se espalhar pelo corpo do cachorro é bem baixa.

O osteossarcoma em contrapartida, além de ser super maligno, demora mais para ser diagnosticado no pet. Já o condrossarcoma é menos agressivo que o fibrossarcoma, mas se alastra muito mais que o outro.

E, por fim, temos o carcinoma, que pode ser considerado o quadro mais grave entre os citados. Além dele ser abrasivo, ele ainda destrói os ossos do animal.

Nos estágios um e dois o pet tem grandes chances de cura, mas infelizmente no nível três é bem provável que o cão venha a óbito.

Por quais razões os cães podem desenvolver um câncer desses?





Infelizmente ainda não existe uma resposta concreta do porquê os cachorros desenvolvem esse problema. A explicação mais aceita é que a doença está ligada a fatores genéticos.

Além disso, sabe-se que os animais mais atingidos são aqueles de grande porte, que pesam de 25 quilos para cima. Apesar disso, não é regra e pode sim atingir cães menores. A verdade é que nenhuma raça está livre do osteossarcoma.

Quais são as raças que mais sofrem com esse problema?

Apesar de não ser regra e basicamente qualquer cão estar propenso a osteossarcoma, independente de raça ou tamanho, algumas espécies são mais suscetíveis.

É o caso do Labrador, Pastor Alemão, Rottweiler, São Bernardo, Boxer, Galgo Weimaraner, Dobermann e Dog Alemão. São todos cães de grande porte, com um peso acima de 25 quilos.

Mesmo sendo comum nos adultos, quando atinge cães mais novos a doença parece ainda mais agressiva. O mesmo vale para pets acima dos 40 quilos, diminuindo consideravelmente o tempo de vida do cão após o tratamento.




Esse câncer ósseo costuma acontecer mais em quais ossos?

Essencialmente, ele se desenvolve em qualquer osso do cachorro, apesar disso, é mais comum ele afetar os longos, ou seja:

  • Fêmur;
  • Úmero;
  • Rádio;
  • Ulna;
  • Tíbia.

Isso quer dizer que o câncer vai afetar, principalmente, os ossos locomotores do cão. É mais comum também que a doença apareça em idosos ou cães adultos, mas isso não livra os filhotes de sofrerem desta doença, infelizmente.

Como é feito o diagnóstico?

A forma mais segura de fazer o diagnóstico é levando o seu pet para fazer exames periódicos. Assim, mesmo que ele tenha a doença, se for diagnosticado cedo, os resultados do tratamento são mais promissores.

O primeiro passo do veterinário para fechar um diagnóstico é por meio de exames clínicos, que consiste em observar e apalpar o pet. Além das informações que você dará ao veterinário, por isso é muito importante conhecer o comportamento do seu cão, isso faz total diferença nestes momentos.

Depois da parte clínica é provável que o profissional peça alguns exames de imagens, como raio-x ou ultrassonografia. Ambos são solicitados para o veterinário tentar ver o tumor. A partir destes testes, na maioria dos casos, já é possível dizer se o cão tem câncer ósseo ou não.

Caso ainda reste dúvidas, é feito o exame de sangue. Este funciona como um complemento. Com ele o médico consegue observar o nível de células e plaquetas e descobrir se existe alguma irregularidade.

Por fim, temos a biópsia. Aqui, um pequeno pedaço do suposto tumor é retirado e analisado no microscópio, à procura de características cancerígenas.

Quais são os sintomas desse câncer ósseo?

Obviamente que apenas o médico veterinário será capaz de fechar um diagnóstico, mas você, como tutor, pode, sim, ficar atento a esses sinais para saber se o seu cão apresenta os primeiros sintomas de câncer ósseo.

Os sintomas mais comuns são:

  • Alteração do comportamento do pet devido a dor;
  • Pet mancando ao caminhar;
  • Algumas partes do corpo duras e inchadas;
  • Choro com mais frequência;
  • Ossos mais frágeis;
  • Hemorragia pelo nariz;
  • Febre;
  • Perda de peso.





Se caso o seu peludo apresentar qualquer um dos sinais que citamos aqui – um ou mais -, leve-o imediatamente para se consultar com um profissional. Como citei, quanto mais rápido for feito o diagnóstico, maiores são as chances de uma cura.

Quanto tempo de vida tem um cachorro com Osteossarcoma?

Isso vai depender da gravidade do câncer. Infelizmente, mesmo com cirurgia seguido de quimioterapia, a vida do cão com osteossarcoma não é prolongada.

Após o tratamento, o cão terá de quatro a seis meses de vida. É por isso que em alguns casos o tratamento não é feito. A decisão depende do tutor e do médico veterinário, obviamente.

Como é feito o tratamento da Osteossarcoma?

Como é uma doença muito delicada, o tratamento vai depender da gravidade do câncer ósseo.

Caso a doença esteja no começo, uma boa opção é amputar o membro que foi afetado pelo tumor. Apesar de parecer uma atitude muito “drástica”, a amputação extingue o tumor e ainda impede que ele se espalhe para outros ossos e órgãos do peludo.

Mas não acaba por aí, normalmente a cirurgia deve ser seguida de quimioterapia, que vai acabar com qualquer célula cancerígena que tenha ficado no corpo do pet mesmo após a amputação.




Existe uma maneira de prevenir?

Sim! Como as causas deste problema ainda são desconhecidas, mesmo a maioria acreditando que seja um problema genérico, a melhor maneira de proteger o seu peludo dessa doença é proporcionando a ele um ótimo estilo de vida.

E como isso é feito? Bom, o básico do básico, mas ao mesmo tempo o pilar dessa prevenção é a alimentação. É aqui que o animal recebe todos os nutrientes que precisa para ser saudável e ficar mais forte para combater e prevenir o aparecimento de doenças, seja o câncer ósseo ou outras mazelas.

É primordial que a dieta seja de qualidade, balanceada e preferencialmente receitada pelo veterinário. Então, nada de comprar ração a granel ou cheia de corante.

Outro ponto importante também é ficar de olho nas substâncias a que o cão é exposto, sempre evitando aquelas que podem alterar suas células.

Por fim, assim como nós, os animais precisam fazer exames periodicamente. É isso que vai prevenir ou ao menos diagnosticar a doença no começo.

Sabemos que quanto mais cedo a mazela for diagnosticada, melhor são os resultados do tratamento e eventualmente, a cura total.

Osteossarcoma tem cura, deixa sequelas?

Infelizmente na maioria dos casos, mesmo com cirurgia e com quimioterapia, o cão não fica totalmente curado e pode vir a óbito. O tratamento prolonga sim, a vida do pet, mas não em muito tempo.

cachorro triste deitado com sintomas de osteossarcoma

Com relação a sequelas, no caso das amputações, o cachorro obviamente não vai conseguir se locomover como antes. É comum também que após a cirurgia, cerca de 70% a 90% dos cachorros desenvolvem metástase pulmonar em até um ano após o procedimento.

Os pets que desenvolvem a metástase vem a óbito depois de seis meses do aparecimento desta sequela. Os 15% que sobrevivem após esse tempo são considerados cães totalmente curados.

Conclusão

Infelizmente, assim como em seres humanos, alguns tipos de câncer são mais agressivos nos animais e este é o caso do osteossarcoma.

O que temos que fazer é ficar de olho, realizar os exames periódicos e proporcionar ao cachorro o melhor estilo de vida que ele pode ter. Essa atitude simples o protege de muitas doenças, inclusive este.

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