Doença de Lyme: O que é, como reconhecer, sintomas e tratamento

É de conhecimento da maioria que, os carrapatos podem oferecer grandes riscos para a saúde e bem estar do indivíduo, sendo ele um animal grande ou pequeno.

Eles são agentes que carregam e transmitem vários tipos de doenças como, por exemplo, a babesiose e também a erlichiose. Essas, são conhecidas como doenças do carrapato.

Tais parasitas são responsáveis pelas ocorrências de doenças de Lyme e da paralisia do carrapato.

Vamos tratar nesse artigo, especificamente a doença de Lyme. Ela pode acometer em especial os nossos pets e também os equinos, os bovinos e até mesmo nós os seres humanos.

O que é a Doença de Lyme em Cachorros?

A Lyme, é também conhecida como doença borreliose. Ela é uma doença de caráter infeccioso provocada pela bactéria Borrelia burgdorferi.

A sua transmissão aos pets ocorre por meio da picada do carrapato já infectado.

Como ocorre a contaminação?

Após o acontecimento da picada de um carrapato infectado, a Borrelia burgdorferi começa a invadir todas as células do corpo do pet e ataca logo em seguida os seus tecidos.

Embora o sistema imune começa a reagir e responder ao ataque, essa bactéria tende a ser mais resistente e se estabelece com uma grande infeção no organismo do animal. Assim também acontece, de maneira bem semelhante, no corpo humano.

Pesquisas, mesmo que raras, feitas em gatos, afirmam que eles têm maior resistência a essa bactéria e os sinais acabam sendo menos evidentes clinicamente. Ressalta-se que nas cadelas grávidas, há o risco inclusive de infectar os filhotes.

Como é feito o diagnóstico da Borreliose?

Para fazer o correto diagnóstico da doença em seu pet, é necessário leva-lo ao profissional veterinário.

Ele precisa ser consultado imediatamente após perceber qualquer um dos sintomas associados a essa doença.

É importante salientar que, essa é uma atitude que deve ser tomada todas as vezes que notar algo estranho por parte do seu pet.

É arriscado tomar medidas por conta própria e tentar tratar sem a ajuda desse profissional veterinário.

O diagnóstico é realizado da seguinte maneira:

• O médico veterinário avalia o comportamento do animal no instante em que se inicia a consulta;

• A análise comportamental, pode identificar se há ocorrência de sintomas agudos, crônicos ou até mesmo progressivos;

• Busca de apresentações de possíveis inflamações articular ou dores ao apalpar determinadas regiões do corpo;

• Realização de exames clínicos de sangue, para identificar o comportamento dos anticorpos em decorrência do contato com a bactéria;

• Identificar se o animal tenha passado por jardins e/ou bosques com existência de carrapatos infectados.

Quais sintomas são apresentados nos cães?

Os sintomas dessa doença, pode ser inúmeros. No entanto, abaixo citaremos os mais comuns:

• Febre;

• Dores abdominais;

• Vômitos;

• Anorexia, perda de peso;

• Letargia (sono em exagero);

• Inflamação em várias articulações;

• Há alguns relatos de ocorrência de aborto nas cadelas grávidas;

• Nas raças do tipo Retriever, como o Golden e Labrador, tendem a sofrer uma insuficiência aguda renal e também a perder de maneira excessiva as proteínas na sua urina;

• Artrite;

• Quadros mais graves da encefalite (infecção no cérebro), que podem inclusive levar até ao óbito do pet.

• Os sintomas tendem a aparecer cerca de 2 a 5 meses após a contaminação;

Como fazer para prevenir a doença?

A prevenção dessa doença é uma tarefa um pouco complicada.

Isso porque, é verdadeiramente muito difícil eliminar todo que qualquer tipo de contato que o animal possa ter com o carrapato.

Os parasitas como o carrapato pode se acomodar em qualquer ambiente frequentado pelo cachorro. É como se fosse os nossos terríveis e incômodos companheiros pernilongos.

Mas é possível sim, prevenir e evitar que o seu pet seja contaminado. Para isso, atente-se as informações a seguir:

• A atenção é essencial desde o momento que sai de casa para passear com seu cãozinho no parque ou praça, por exemplo, até o retorno ao lar;

• Verificar periodicamente o corpo do animal de estimação. Vale lembrar de olhar inclusive atrás das suas orelhas e também entre os seus dedos;

• Se por ventura encontrar algum carrapato, não é recomendado utilizar pinças comuns para remove-lo;

• Existem modelos de pinças especificas para isso. Elas podem ser adquiridas em casas e pet shops especializados nesse tipo de produto. Elas garantem a remoção completa e evita possíveis infecções no pet. É importante frisar que, a execução desse trabalho é ideal que seja feita por um profissional.

• Além desses cuidados, o mais ideal e principal forma de prevenção é a utilização de colheita anti-carrapatos, medicamentos em spray e/ou “pour-on” que aplicam na nuca do animal. Cuide sempre de verificar o período de duração desses produtos para garantir que o pet fique sempre protegido.

Ainda temos o chamado banho carrapaticida. É um tipo de banho que garante ao pet a imunidade durante um período de tempo.

Reforçamos que esse tipo de procedimento deve ser realizado sob a supervisão e também consentimento do veterinário responsável por acompanhar o cão.

Além disso, para quem deseja realizar dedetizações, faça somente quando o profissional indicar.

O tratamento é feito como e quais remédios são mais usados?

O tratamento da Lyme, é realizado com a administração de antibióticos. Eles são eficazes e capazes de recuperar e livrar o animal completamente da doença.

O veterinário identificará o mais adequado de acordo com a evolução da doença. Para os animais que por ventura desenvolvem algumas síndromes depois do tratamento, os analgésicos são um grande aliado para o alívio sintomático.

Essa Doença de Lyme tem cura?

Essa é uma preocupação de todos, porém, ao contrário do que se fala, ela tem tratamento e principalmente cura.

O que ocorre, entretanto, é que alguns podem desencadear uma doença mais crônica nas articulações.

Geralmente isso ocorre devido a uma reação totalmente autoimune. Isto é, o sistema responsável por defender o organismo do pet, começa a reagir de forma bem exagerada e com isso, passa a ser agressivo com o seu próprio corpo.

São situações que podem acontecer, e o acometimento especialmente nas juntas surge em cerca de 20 % dos casos.

Conclusão

A doença é mais comum do que se imagina, no entanto, se você tomar os cuidados necessários para com o seu animal de estimação, dificilmente haverá ocorrência com o mesmo.

Mas se por uma infelicidade ele contrair essa doença, não se desespere. Procure um profissional responsável para que ele identifique a doença, inicie os tratamentos e dê muito amor e carinho para seu pet!

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