Entre as doenças que podem afetar nossos amigos peludos de quatro patas, uma das que mais preocupam os tutores é a leptospirose canina. E é justamente sobre ela que vamos falar no texto de hoje.
Leptospirose canina, é o que?
A leptospirose canina é uma doença causada pela bactéria Leptospira, a mesma encontrada no organismo dos ratos urbanos – esta não causam nenhum mal a esse roedor.
Essa mazela é considerada uma zoonose, pois pode passar dos animais para seres humanos. A transmissão ocorre por meio da pele e afeta diversos órgãos, principalmente fígado e rins.
É uma doença que possui diversas variedades, por conta disso a forma como ela atinge o animal vai depender de inúmeros fatores, como o sistema imunológico do cão, a idade e o histórico. Em casos mais graves, ela pode levar o cachorro a óbito.
Como os veterinários fazem o diagnóstico dela?
O diagnóstico da leptospirose pode ser feito de três maneiras. A primeira é por meio de uma amostra de sangue do cão, onde é possível identificar se há a presença de anticorpos específicos que combatem a doença.
A segunda é por meio do PCR. Este teste tem como intuito detectar o DNA da bactéria da lepto no sangue do animal.
E, por fim, o veterinário pode colher uma amostra de urina do cachorro e analisá-la com o auxílio de um microscópio.
O único problema é que esta doença é difícil de diagnosticar, o que acarreta um falso-negativo em muitos casos. É por esse motivo que diversos profissionais realizam os três testes ou fazem algo chamado de diagnóstico clínico.
O que quer dizer que o veterinário vai analisar os sintomas do pet, além de verificar seu histórico e outros aspectos relacionados ao cachorro.
A transmissão desta leptospirose, como ocorre?
A transmissão infelizmente é muito ampla. Ela pode ocorrer pelo contato do seu cachorro com o animal, com urina contaminada de ratos, guaxinins, gambás ou com secreções de um pet já infectado.
Que sintomas são apresentados nos cães?
Ela possui diversos sintomas, mas isso vai depender da variedade da doença. Por isso, fique atento, pois seu cão pode apresentar nenhum dos citados abaixo, o que é ainda pior, pois ele pode ficar doente por muito tempo e você nem perceber.
E quando perceber, infelizmente, pode ser muito tarde. Sendo assim, fique sempre alerta a saúde do seu peludo e se ele apresentar um dos sintomas a seguir, procure um veterinário
Os sintomas da leptospirose em cães são os seguintes:
- Vômito;
- Febre;
- Diarréia;
- Desidratação;
- Aumento da sede e da vontade de fazer xixi;
- Fraqueza ou letargia;
- Perda de peso;
- Perda de apetite;
- Espasmos musculares;
- Tremores;
- Dificuldade em urinar;
- Dor ou rigidez nos músculos;
- Icterícia;
- Sangue nas fezes, urina, vômito ou na saliva;
- Tosse;
- Dificuldade de respirar;
- Secreção ocular ou nasal;
- Hipotermia;
- Edema;
- Abortos.
Apesar dos inúmeros sintomas, os mais comuns são sangue nas fezes, vômito, diarréia e febre. Mas, como dito, não custa nada redobrar os cuidados e ficar atento a qualquer mudança de comportamento do seu amigo.
Após infectado, é provável que o seu pet comece a mostrar os sintomas depois sete dias.
Quais são os tratamentos da doença e tem cura?
Mesmo sendo uma doença assustadora, pode ficar tranquilo pois existe cura.
Logo após os exames ou o diagnóstico clínico, o veterinário vai indicar o tratamento para o seu pet, e este pode mudar conforme a variedade da doença.
Em geral, o profissional começa a administrar antibióticos para tratar a infecção e monitorar a evolução do seu peludo. Outro procedimento comum é a aplicação de fluidos intravenosos, isso ocorre em casos em que o cachorro está desidratado e precisa recuperar os líquidos perdidos.
Você pode contribuir com a recuperação do seu pet oferecendo para ele, já em casa, uma alimentação equilibrada e muita água. Mas não existe remédio caseiro que cure a leptospirose, por isso, não deixa de levá-lo ao veterinário para que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos de forma correta.
Outra dica muito importante na hora de cuidar dele é sempre utilizar luvas, seja na hora de ter contato direto com seu pet, seja para mexer em seus objetos. Isso impede que você se infecte também.
Quais cuidados devemos ter para prevenir a leptospirose?
Você não quer que o seu pet pegue leptospirose, certo? Bom, a melhor forma de evitar que vocês dois fiquem doentes é tomando atitudes preventivas. Abaixo, listamos as melhores dicas para proteger você e seu amigo de quatro patas.
Contato
Um dos primeiros passos para prevenir é evitar que o seu amigo tenha contato com animais infectados e seus fluidos – xixi, cocô, vômito, saliva, etc.
O mesmo você deve fazer com relação a ambientes úmidos, pois estes locais têm uma alta probabilidade de proliferação de bactérias. Deixe ele longe também de água suja e contaminada.
Vacina
Talvez um dos pontos mais importantes para prevenção dessas e de outras doenças: deixar seu cão com as vacinas em dia.
A V8 e a V10 são capazes de deixar o seu amigo protegido, porém o ideal é optar pelas vacinas específicas para essa doença. Consulte seu veterinário para saber qual é a melhor.
Mesmo a vacina não sendo 100% eficaz, como a grande maioria, um cão vacinado se infectado terá uma reação mais branda, o que com certeza já ajuda muito.
A vacinação é ainda mais importante se você mora em fazendas, próximo de animais silvestres, locais onde as condições sanitárias são precárias ou com risco de alagamento.
Higiene
É essencial manter sempre a sua casa e o local onde seu pet fica, limpo e higienizado.
Evite ao máximo deixar restos de comida e tudo o mais que possa atrair ratos ou outros animais que possam contaminar você e seu amigo.
Consulta periódicas
Além de todos esses cuidados, visitas periódicas ao veterinário também são importantes.
Não só para prevenir a leptospirose, mas diversas outras doenças.
Essas consultas servem igualmente para você proporcionar qualidade de vida ao seu peludo.
Com isso, você poderá tê-lo ao seu lado fazendo traquinagens por muitos anos!
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