Por mais zelosos que sejamos com os nossos pets, ainda é comum que eles fiquem doentes ao longo de suas vidas, infelizmente.
Dentre as várias doenças que podem atingir nossos peludos, está a parvovirose, também conhecida como “parvo”.
Não sabe do que se trata? Tudo bem, logo a seguir vamos falar sobre a doença e, o mais importante, como tratá-la caso seu pet tenha sido infectado.
Parvovirose canina, o que é a doença?
De forma bem simples, a parvovirose é uma espécie de infecção viral. Ela pode se manifestar de duas formas:
- a primeira e a mais comum, é um problema gastrointestinal grave, causada por um vírus super contagioso que pode levar o seu cachorro a óbito caso ele não receba o devido tratamento.
- a segunda manifestação é ainda pior, ela ataca o coração ao causar uma miocardite aguda. Neste caso, infelizmente, causa a morte súbita de filhotes.
É comum encontrar o vírus no intestino e também na medula óssea, isso porque este vírus prefere se acomodar em células que se reproduzem de forma rápida.
Por este motivo que além da perda de sangue pelas fezes, a doença também causa anemia intensa, deixa os interior das pálpebras do pet e gengivas pálidas – o mesmo acontece com outras mucosas do corpo -, além também de atacar o sistema imunológico.
Este último ocorre porque a medula óssea, onde o vírus adora atacar, é responsável pelos glóbulos brancos, que são basicamente o sistema de defesa do organismo.
Apesar de poder atingir qualquer cão, ela é muito comum entre os Doberman, Pinscher, Rottweilers e raças nórdicas, como Huskies, Malamutes, etc.
Como é a transmissão dela?
A sua transmissão pode acontecer de três formas. O contato com outros cachorros, vômito ou fezes já infectadas.
Infelizmente, ela costuma infectar principalmente os filhotes e cães jovens, pois estes ainda têm uma imunidade e uma saúde, de forma geral, fraca. Mas não é só por isso que o parvovirose pode atacar seu peludo.
Ela também aparece se você não dar a ele todas as vacinas necessárias, pois seu sistema imunológico é mais debilitado.
Como é feito o diagnóstico da parvovirose?
A primeira coisa que o profissional irá fazer é examinar o cão.
Assim que perceber os sintomas ele vai recomendar a internação do animal, que ficará em quarentena durante todo o tratamento, já que se trata de uma doença contagiosa e também porque o pet corre o risco de pegar outras doenças, pois está com o sistema imunológico comprometido.
O passo seguinte é a realização de testes rápidos para confirmar o diagnóstico. Este é feito por meio de um exame de sangue, que vai identificar a presença do vírus. Por fim, o veterinário começa o tratamento que achar mais indicado.
Que sintomas os cachorros apresentam?
Assim que perceber um ou mais desses sintomas, leve seu cão imediatamente ao veterinário. Além de ser um vírus de rápida propagação e contágio, a doença evolui muito rapidamente.
Os sintomas principais da parvovirose são:
- Letargia;
- Febre;
- Vômito;
- Diarréia – sangue nas fezes e cheiro muito forte;
- Hipotermia;
- Falta de apetite;
- Desidratação;
- Taquicardia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Depressão;
- Mucosas pálidas.
Mesmo que o pet apresenta apenas um sintoma, já é o suficiente para levá-lo ao veterinário. Isso porque, caso não seja esta doença, pode ser outro problema de saúde.
Tem cura, qual é o tratamento indicado?
Apesar de ser perigosamente fatal, a parvovirose tem cura e tratamento. Mas para que o seu peludo tenha chances de sobreviver, você precisa levá-lo ao veterinário o mais rápido possível quando perceber os sintomas.
O primeiro tratamento indicado é o recebimento de fluidos – soro – intravenosos. Isso porque o animal perde muito líquido por causa do vômito e da diarréia.
O veterinário também vai medicar o pet com antieméticos para parar o vômito.
É administrado igualmente antibióticos. Estes servem para matar as bactérias do intestino que foram para o sangue devido a destruição da barreira intestinal.
Lembre-se, quando mais rápido você levar o seu pet ao veterinário, mais chances ele tem de sobreviver.
Prevenção e como evitar?
Mesmo a doença tendo cura, a forma mais efetiva de proteger o seu cão é com a prevenção.
Para começar, deixe as vacinas do seu peludo em dia. A V8 e a V10 são as responsáveis por prevenir várias doenças, inclusive a parvo. A primeira dose deve ser aplicada até um ano de vida do pet, após isso você deve seguir o calendário de vacinação dos reforços.
Outro cuidado que irá proteger o seu cão é evitar o contato dele com outros animais e materiais/locais contaminados. Principalmente se o cachorro estiver parcialmente vacinado ou não tiver tomado nenhuma dose ainda.
Locais onde cães com parvovirose já viveram devem ser evitados por dois anos por cachorros sem vacinação completa. Isso também vale para casos de cinomose.
Os cuidados devem ser ainda mais redobrados com os filhotes. Evite levá-lo a lugares abertos antes de concluir a vacinação. O ideal seria esperar 21 dias após a terceira dose. Evitando esta e também outras doenças contagiosas.
Por fim, é essencial manter o local onde seu pet vive sempre limpo. E não adianta passar só desinfetante porque este não mata o vírus da parvovirose.
O ideal é que a limpeza seja feita com água quente e água sanitária, que, aliás, é um dos únicos produtos capaz de matar esse resistente vírus.
E caso o seu cão já tinha tido ou está tratando da doença, descarte todos os itens dele. Mas antes, limpe os objetos, pois mesmo você jogando fora, outros cães e até pessoas podem entrar em contato com esses itens e acabar pegando a doença.
Se você quer ter seu amigo ao seu lado por muitos anos, esses e outros cuidados são essenciais para a qualidade de vida do seu peludo.
Por isso, não deixe de marcar consultas periódicas com o veterinário. Essas visitas têm papel importante na prevenção não só desta doença, mas de diversas outras.
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